O setor financeiro considera que a reforma tributária, aprovada nesta sexta-feira, 15, pela Câmara dos Deputados, é positiva para a economia, mas que vai gerar um aumento do custo do crédito. Com a “trava” de arrecadação incluída pelo Senado e mantida na Câmara, a tributação do crédito deve aumentar, fazendo com que o custo do crédito ao tomador também aumente.
“Nossa expectativa é que nesse prazo de cinco anos, possamos mostrar que a indústria bancária teve um aumento de carga, porque ficou na alíquota cheia de bens e serviços”, disse ao Estadão/Broadcast o presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Rodrigo Maia, nesta sexta.
A reforma passou a prever, após a tramitação no Senado, que serão mantidas por cerca de cinco anos a partir da entrada do novo regime em vigor as cargas do PIS e da Cofins, que serão extintos pelo novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA). A mudança, na prática, deve fazer com que o governo arrecade mais com as operações de crédito. O texto aprovado pela Câmara em julho previa que a tributação fosse calculada para evitar um aumento no custo do crédito.